A rede participou na Semana Atlântica organizada em Bordéus no final de novembro de 2024, onde tiveram lugar as duas principais reuniões do Arco Atlântico do ano: o evento anual Interreg Espaço Atlântico e a Conferência sobre a Estratégia Marítima Atlântica.
A comunidade atlântica reuniu-se para debater prioridades comuns e sinergias para construir um futuro resiliente, inclusivo e sustentável.
Durante o evento anual INTERREG Espaço Atlântico, foram apresentados os resultados da avaliação externa dos projectos 2014-2020 e os critérios para a terceira convocatória. Foi também organizada uma sessão “Sinergias Azuis” para capitalizar os projectos anteriores.
Os avaliadores examinaram 71 projectos, envolvendo 1147 parceiros, no âmbito de 3 convites à apresentação de projectos entre 2014 e 2021, com um financiamento total de 185 milhões de euros. Para analisar o âmbito dos projectos, dividiram o estudo em impacto, resultados (200) e realizações (500). Os resultados foram divididos em sete categorias: novas soluções transformadoras; novos serviços; planos de ação aprovados pelas administrações públicas; novas redes envolvendo a hélice tripla/quádrupla de cooperação; acções de reforço de capacidades e envolvimento do sector privado. Esta informação, juntamente com os seus exemplos, é muito útil para avaliar o impacto global do programa no Arco Atlântico.
A sua investigação revelou igualmente que, em média, os consórcios de projectos incluíam 16 beneficiários (8 parceiros + 7 associados). A maior parte dos projectos incidia na prioridade 1 do programa, ou seja, a inovação, e aplicava a abordagem de cooperação da hélice quádrupla.
Foi também apresentado o terceiro convite à apresentação de projectos. O secretariado conjunto sublinhou que os projectos devem ser replicáveis, 100% orientados para os resultados, envolver instituições dos quatro Estados-Membros, incluindo autoridades locais, e contribuir para o desenvolvimento de uma economia azul sustentável.
Por fim, os dois dias de debates puseram em evidência a importância da política europeia de coesão, que visa reduzir as desigualdades entre as regiões, num contexto de periferização crescente do espaço atlântico numa União Europeia que encontra novos centros de gravidade a Leste.
Após o termo do mandato da França este ano, a presidência da Estratégia Marítima Atlântica caberá à Irlanda.
